21.12.11

Mailindo

"És o único que me soube mostrar o que é o Amor. Lembro-me das cartas que te escrevi à mão, lacradas com cera derretida daquela vela mágica que marcou a nossa primeira vez. Foi na noite do dia 7 de Dezembro para o dia 8, há uns 7 ou 8 anos. Éramos os dois virgens e apaixonados. Um pelo outro. Um para o outro.
Adorava quando me davas de beber água pela tua boca, tal e qual como faz uma águia-real com as suas crias. Lembro-me que a água vinha fresquinha da tua boca em direcção à minha. Mataste-me a sede que tive de noite e mataste-me a sede de amor que sempre quis e sonhei ter. Tu deste-me esse amor. Mais ninguém o deu como o deste. Já se passaram cerca de 6 anos que não estamos juntos. Demorei quase 3 a esquecer-te, hoje sou a tua melhor amiga e tu o meu. O nosso amor jamais será igual como quando nos apaixonámos. Ficou aquele amor que se sente por uma mãe, por um pai ou pelos irmãos, se bem sempre com aquele pequeno rasto de esperança que ainda poderemos ter uma segunda oportunidade nas mãos.
A bem dizer, já se deu essa segunda oportunidade. Já te dei e já me deste. Desperdiçamo-la. Se foi em vão? Agora não te sei responder. Talvez quando tivermos 30, 40, ou 80 anos (se lá chegarmos).
A verdade é que tu foste o meu primeiro grande amor, o meu primeiro companheiro, o meu parceiro. Hoje és o meu melhor amigo e ainda gosto de ti, não como dantes, porque a distância assim o dita. Mas gosto de ti. Muito. Mesmo" por Ciganita

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